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Conhecer essas personagens da história contribui para o entendimento da trajetória dessa dança oriental que está presente na maioria dos países, e foi influenciada pelo estilo dessas bailarinas egípcias, das mais antigas até as atuais. As mencionadas nesse link fazem parte das estudadas com maior profundidade por Brysa Mahaila e que deram origem ao Curso Estilo Egípcio Templo do Oriente. Abaixo segue uma pequena resenha sobre cada uma das seleciondas para o estudo das personalidades da dança do ventre.

 

 

Tahia Carioca ganhou notoriedade e foi treinada por  Badia Masabni, de quem recebeu este nome artístico, atuando a partir dos anos 1930 no Cassino Ópera. Acredita-se que a chamavam de ‘carioca’ devido a sua habilidade no samba. A sua dança caracterizava-se pela extrema delicadeza e movimentos contidos, muito feminina, tornando-se as mais celebradas dançarinas de sua época.

 

 

Nascida em uma famosa família circense, Naima Akef introduziu elementos cênicos dessa experiência em sua dança, trazendo acrobacias sobre cavalos e outras inovações. Muitos especialistas em dança do ventre afirmam que Naima tinha um estilo próprio, destacava-se pela sua musicalidade e interpretação dramática. Era muito cuidadosa com sua dança, inclusive confeccionava seus figurinos e coreografava seus números e era muito disciplinada com seus técnicos e coreógrafos.

 

 

Sâmia Gamal, uma das bailarinas que dançava no Cassino Ópera em meados dos anos de 1940,  trocou seu verdadeiro nome de Zainab. Pertenceu à companhia de danças de Badia Massabni e através dela, recebeu aulas de ballet. Seu estilo era clássico  e elegante, e Sâmia foi uma das responsáveis por apresentar a dança do ventre para Hollywood e para a Europa.

 

 

Considerada uma das mais famosas dançarinas dos anos de 1960 e 1970, Suheir Zaki começou a chamar atenção por aparecer dançando algumas músicas de baixa qualidade, e apensar disso, sua meticulosa forma de ouvi-las e expressá-las contribuíram para a sua fama, e com isso, ganhar o respeito de todos os membros da orquestra que passaram a acompanha-la. Em determinada ocasião, Anwar Sadat, presidente do Egito, a nomeou “a Om Kolthoum da dança”, e disse sobre ela: “assim como Oum Kalthoum canta com a própria voz, você canta com seu corpo.”

 

 

 

Sua expressividade e carisma são a marca das verdadeiras bailarinas, que se entregam a música. Sua importância no cenário da dança oriental Egípcia é enorme, considerada uma bailarina essencial para quem estuda dança do ventre. Seu talento sempre foi acompanhado por uma orquestra de músicos, da qual fizeram parte nomes importantes do cenário da música árabe como o saxofonista Samir Sour. Mona Said ministra até hoje workshops em vários países do mundo, entre eles já esteve no Brasil.

 

 

Foi pioneira ao incorporar elementos mais sofisticados em sua dança, adaptando-a ao mundo Ocidental. Tornou-se assim, conhecida na Europa, América do norte e Ásia. Nagwa teve uma formação consolidada, fez a Mazloum Dance School e entrou para a National Dance Troupe, grupo folclórico. Assim, conseguiu estudar ballet, jazz, dança contemporânea, além de dança egípcia clássica e folclórica.  Ao longo da sua carreira, dançava com sua montou um grupo para trabalhar com ela, composta pelos melhores profissionais, e o grupo chegou a ter 35 músicos, 12 bailarinos, figurinista e coreógrafo.

 

 

Sua personalidade forte, tanto no palco como nos bastidores, fizeram dela uma celebridade no Egito, a ponto de ser chamada por muitos, ‘a quarta pirâmide do Egito’. A sua personalidade passa para sua dança, sempre interagindo com o público e dançando, mesmo no inverno, descalça. É uma pessoa muita amada por sua bondade e caridade. A ousadia é sua marca registrada. Na dança suas características são os estonteantes ‘shimmies’ e tremidos, combinados com demais movimentos, que hipnotizam as plateias. Seu instrumento preferido é o alaúde.

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