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Origem

 

Sua origem é remota, mas acredita-se que esta dança surgiu há 7.000 anos a.C, provavelmente no antigo Egito, onde sacerdotisas realizavam rituais de fertilidade, executando movimentos similares aos que hoje são conhecidos como Dança do Ventre.

 

Nesta época, a dança tinha uma conotação sagrada e era realizada apenas em templos, exclusivamente entre as mulheres, sem qualquer caráter artístico ou de entretenimento.

 

Essas atribuições só foram agregadas a dança do ventre após a invasão árabe ao território egípcio, quando as suas tradições e culturas foram hibridizadas. A partir daí, a dança passou a ser apresentada em ocasiões solenes nos palácios e se popularizando como espetáculo.

 

Trazida para o Ocidente através dos filmes de Hollywood, nos anos  1940 essa dança passou a ser conhecida por “Belly Dance” e grandes estrelas do Egito como: Naima Akef, Taheya Carioca, Samia Gamal e Souher Zaki, se tornaram conhecidas no mundo todo.

 

Como toda a cultura que ultrapassa suas fronteiras, a dança do ventre também foi absorvendo características dos diferentes países em que se desenvolveu. Atualmente, engloba movimentos de várias outras danças, mas mantém algumas características primitivas de sua origem sagrada.

Desenvolvimento da Dança no Ocidente

 

A partir das grandes produções realizadas pelo cinema americano, ficamos conhecendo com mais intimidade a dança do ventre. Embora “maquiada” pelo glamour de Hollywood, as odaliscas dos filmes popularizaram esse estilo de dança, contribuindo para o seu desenvolvimento técnico no Ocidente.  Outros elementos foram introduzidos em cena, tais como o véus, mas coube mais tarde as americanas a sofisticação da sua técnica como instrumento da dança, pois as orientais apenas o utilizavam para entrada e saída de cena, largando-o em seguida. Além do véus, os membros superiores ganharam mais destaque, modificando também o figurino, com a introdução do traje de duas peças e saia esvoassante.

Dança do Ventre no Brasil

 

A dança do ventre no Brasil é ainda bem recente em se tratando de história, os primeiros registros datam da década de 1970, com bailarinas que dançavam profissionalmente em festas árabes e alguns programas de televisão, entre elas a mais famosa foi Sharazad. Outra bailarina, Zuleika Pinho, apresentou-se como bailarina de dança do ventre antes disso, em 1954, aos 14 anos, no Clube Holms, em São Paulo, e ficou conhecida como “rainha da dança do ventre”, sendo referida como tal por várias reportagens e jornais da época.

 

Uma das referências na dança do ventre é o Khan el Khalili, de  Jorge Sabongi, em São Paulo, por onde passaram nomes conhecidos de bailarinas e músicos, e continua sendo um dos melhores lugares para assistir a dança do ventre no país. Também em São Paulo, Lulu from Brazil, atualmente a frente da Shangri-lá, é um dos nomes mais importantes da história da dança do ventre no Brasil, contribuindo para a formação de inúmeras profissionais em praticamente todos os estados.

 

No Rio Grande do Sul, o desenvolvimento da Dança do Ventre é ainda mais recente, a partir dos anos 1990 surgiram as primeiras bailarinas e escolas de dança do ventre. Brysa Mahaila está entre as primeiras bailarinas que contribuíram para que esta arte fosse difundida no Estado, juntamente com outros nomes que surgiram na mesma época e que ainda estão no mercado.

Fenômeno “O Clone”

 

Entre as profissionais de dança do ventre, é praticamente unânime destacar a novela O Clone como um fenômeno midiático que impulsionou o crescimento pelo interesse relativo à dança do ventre no país a partir de sua exibição. Com o sucesso da dança do ventre na novela O Clone, a busca por informações e o interesse por essa dança cresceu consideravelmente. Surgiram, então, muitas reportagens especiais sobre os benefícios e as características dessa dança em inúmeras revistas femininas de abrangência nacional. Além da mídia tradicional, foram lançadas publicações exclusivas sobre o tema, muitas delas com CDs e DVDs encartados com aulas práticas e músicas árabes. Nesse período, em função do destaque da mídia e do sucesso da novela O Clone, o assunto dança do ventre saiu das academias e escolas de dança e ganhou popularidade em todos os lugares.

 

O papel dessa novela para a popularização da dança do ventre é considerado como um marco. Muitas profissionais dividem a dança do ventre no Brasil antes e depois da exibição da novela O Clone. Além do destaque que essa novela proporcionou à dança do ventre, outro fator da mídia, as redes sociais, deram maior visibilidade e evidenciaram esse estilo entre as práticas de dança disponíveis no Brasil.  Assim, a popularização da internet e o surgimento das redes sociais, nos anos seguintes à exibição da novela, tornaram-se ferramentas indispensáveis para a divulgação e projeção da dança do ventre em todo o país. 

 

Algumas bailarinas que já se destacavam pelo seu trabalho em dança do ventre na época da novela foram convidadas pela coordenadora artística Claudia Cenci para uma participação especial, entre elas, Brysa Mahaila.

 

Assista o vídeo da participação da bailarina Brysa Mahaila na novela O Clone.

A Dança do Ventre no mundo hoje

 

A dança do ventre está presente hoje nos quatro cantos do planeta. Basta acessar a internet para constatar que há bailarinas em todos os continentes.

 

Os festivais que são realizados no Egito e em outros países, mostram o crescente interesse pela dança do ventre.  São Japonesas, ucranianas, russas, espanholas, alemãs, italianas, francesas, canadenses, peruanas, americanas, suecas, mexicanas, irlandesas, argentinas, para citar algumas nacionalidades onde há dança do ventre. Isso mostra a dimensão da Dança hoje no mundo. Mulheres do mundo todo, por diferentes motivos, buscam e encontram na dança do ventre um equilíbrio para sua energia feminina, expressando sua força através da delicadeza desta dança.

 

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